Por Adriana Salgado
No mês de abril, o Índice de Preços do Consumidor (IPC), acumulado nos últimos doze meses, atingiu 6,51%, ultrapassando o limite máximo da meta de inflação estabelecida para 2011 pelo Banco Central do Brasil. A meta era de 4,5%, com variação de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Por esse motivo, o medo da volta da inflação ronda o governo.
Esse medo é conseqüência de um convívio, por mais de 50 anos, do Brasil com a inflação. A população brasileira vive receosa diante da questão, e tem a sensação de que a inflação irá sempre aumentar.
Os motivos que levaram ao último aumento não estão claros. Em parte é devido ao aumento do preço das commodities agrícolas e do petróleo. Mas não só o preço dos alimentos e do combustível subiu, mas também o preço dos serviços não para de subir. “Não é o efeito inflacionário mundial que elevou os preços das commodities e que pressiona a inflação no Brasil, mas há essencialmente a questão do aquecimento da demanda”, comenta o especialista em economia, Salomão Quadros, em “Diário, Comércio, Indústria e Serviços”.
No entanto, o mês de maio demonstrou uma queda na inflação. De acordo com o economista Reinaldo Cafeo, a queda deve-se “inúmeras decisões neste caminho, como contenção de gastos públicos, aumento dos juros, aumento de IOF, entre outros“, explica.
De acordo com o Índice Geral de Preços – Mercado divulgado pela Fundação Getúlio Vargas, a inflação em maio foi de 0,43%. Esse número é menor do que o piso das estimativas dos analistas, que apontavam para uma alta de preços entre 0,44% e 0,74%.
Para os consumidores, Cafeo, aponta medidas para driblar o aumento dos preços por causa da inflação. “Uma das técnicas para diminuir o valor gasto na compra dos produtos é pesquisar. Muitos perderam este hábito, prática comum quando a inflação batia os 40% ao mês. Selecione jornais, panfletos, entre na internet, enfim, seja proativo quanto aos preço’’.